sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

verdades.

E hoje depois de alguns meses estou em casa, ou melhor, na casa dos meus pais.
Neste semestre tanta coisa aconteceu, tentei me libertar daquilo que não me fazia bem mudei de cidade, de universidade... Tantas decisões precisaram ser tomadas, tanto medo tomou conta de mim. Tantas vezes chorei, engoli seco, tantas vezes sorri mais para os outros do que para mim mesma e acabei me enganando com uma falsa felicidade, guardei e ganhei amizades, me embriaguei sem lembrar como cheguei em casa, tentei encontrar alguém que mudasse minha vida de repente, tentei esquecer um velho amor, em vão, me apaixonando novamente e outra vez voltando aos seus braços, tentei virar milionária com a mega da virada... Tentei tantas coisas, muitas em vão, mas acima de tudo tentei não desistir e ir atrás daquilo que desejo. Assim, estou aprendendo a conviver e respeitar pessoas que nunca conheci, dentro de uma mesma casa, estou tentando ser mais paciente, menos orgulhosa, egoísta e egocêntrica, estou tentando ler e estudar mais, agir mais, ouvir mais e gastar menos...
Enfim, o ano se passou e talvez eu não tenha feito tudo maneira certa, talvez não tenha feito tudo o o que queria, deixando de fazer muita coisa, com o tempo cada vez mais acelerado, o mesmo minuto, a cada dia vem passando mais rápido, mais responsabilidades, mais escolhas,  a gente vai crescendo e quando menos espera, já somos adultos, já estamos inseridos nesse mundo onde muita coisa perde a cor, o brilho, a vida se acompanharmos essa rotina e deixarmos de viver cada momento serena e plenamente... 
             Acabei sentindo saudades, saudades de momentos que passei, daqueles que perdi, daqueles que já não vejo ou daqueles que nem conheci, saudades de beijos apaixonados, de abraços apertados, saudades do fui, do que nunca serei... Mas coisas boas nascem, vivem, morrem, permanecem a todo o tempo tudo se transforma. O mundo muda, os sentimentos, os pensamentos mudam, a gente tem que acompanhar esse engenho de mudanças, acompanhar a música, não perder o ritmo.  
            Não quero fazer planos grandiosos para 2011, só quero que aproveitar cada momento sem grandes arrependimentos. 
               E que termine  2010.
               E que venha 2011.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Nostalgia. Nostalgia minha.

É tão estranho... Os bons morrem jovens...
Assim parece ser quando me lembro de você que acabou indo embora cedo demais...
Quando eu lhe dizia me apaixono todo dia, é sempre a pessoa errada, você sorriu e disse, eu gosto de você também. Só que você foi embora... Cedo demais!
Eu continuo aqui. Meu trabalho e meus amigos e me lembro de você em dias assim...
Dia de chuva. Dia de sol.
E o que sinto não sei dizer...
Vai com os anjos. Vai em paz.
Era assim todo dia de tarde a descoberta da amizade. Até a próxima vez...
É tão estranho... Os bons morrem antes.
Me lembro de você e de tanta gente que se foi... Cedo demais!
E cedo demais... Eu aprendi a ter tudo o que sempre quis. Só não aprendi a perder...
E eu que tive um começo feliz... Do resto não sei dizer.
Lembro das tardes que passamos juntos... 
Não é sempre mais eu sei que você está bem agora.
Só que neste mundo. O verão acabou.
Cedo demais!

Os bons morrem jovens
Legião Urbana

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Saudades

Sinto saudades de tudo que marcou a minha vida.
Quando vejo retratos, quando sinto cheiros,
quando escuto uma voz, quando me lembro do passado,
eu sinto saudades...

Sinto saudades de amigos que nunca mais vi,
de pessoas com quem não mais falei ou cruzei...

Sinto saudades da minha infância,
do meu primeiro amor, do meu segundo, do terceiro,
do penúltimo e daqueles que ainda vou ter, se Deus quiser...

Sinto saudades do presente, que não aproveitei de todo,
lembrando do passado e apostando no futuro...
Sinto saudades do futuro, que se idealizado,
provavelmente não será do jeito que eu penso que vai ser...


Sinto saudades de quem me deixou e de quem eu deixei!
De quem disse que viria e nem apareceu;
de quem apareceu correndo, sem me conhecer direito,
de quem nunca vou ter a oportunidade de conhecer.

Sinto saudades dos que se foram e de quem não me despedi direito!
Daqueles que não tiveram como me dizer adeus;
de gente que passou na calçada contrária da minha vida
e que só enxerguei de vislumbre!

Sinto saudades de coisas que tive e de outras que não tive mas quis muito ter!
Sinto saudades de coisas que nem sei se existiram.

Sinto saudades de coisas sérias, de coisas hilariantes,de casos, de experiências...
Sinto saudades do cachorrinho que eu tive um dia
e que me amava fielmente, como só os cães são capazes de fazer!

Sinto saudades dos livros que li e que me fizeram viajar!
Sinto saudades dos discos que ouvi e que me fizeram sonhar,
Sinto saudades das coisas que vivi e das que deixei passar,
sem curtir na totalidade. 


Quantas vezes tenho vontade de encontrar não sei o que...
não sei onde...
Para resgatar alguma coisa que nem sei o que é e nem onde perdi...

Vejo o mundo girando e penso que poderia estar sentindo saudades
Em japonês, em russo, em italiano, em inglês...
mas que minha saudade, por eu ter nascido no Brasil,
só fala português, embora, lá no fundo, possa ser poliglota.

Aliás, dizem que costuma-se usar sempre a língua pátria,
espontaneamente quando estamos desesperados...
para contar dinheiro... fazer amor... declarar sentimentos fortes...
seja lá em que lugar do mundo estejamos.

Eu acredito que um simples "I miss you" ou seja lá
como possamos traduzir saudade em outra língua,
nunca terá a mesma força e significado da nossa palavrinha.

Talvez não exprima corretamente a imensa falta 

que sentimos de coisas ou pessoas queridas.

E é por isso que eu tenho mais saudades...
Porque encontrei uma palavra para usar todas as vezes
em que sinto este aperto no peito, meio nostálgico, meio gostoso,
mas que funciona melhor do que um sinal vital quando se quer falar de vida
e de sentimentos.

Ela é a prova inequívoca de que somos sensíveis!
De que amamos muito o que tivemos e lamentamos as coisas boas
que perdemos ao longo da nossa existência...



                                                   Clarice Lispector

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

não sei o que você espera de mim.

Só estou tentando seguir minha própria vida,
talvez eu tropece, caia, quebre a cara, mas eu quero viver, quero aprender.
Amo muito todos eles, e sei que não está sendo fácil para ninguém.
Mas tenho que tentar trilhar o meu caminho, talvez estejam precisando de mim. Talvez não, tenho certeza disto, sabia que não seria fácil em nenhum momento, nunca disseram que seria, mas eu preciso tentar, não quero que me façam arrepender das decisões que estou tomando, sei que me apoiam, bem lá no fundo, sempre confiaram em mim, preciso que continuem confiando.


'e nesses dias tão estranhos,
fica a poeira se escondendo pelos cantos.'

domingo, 18 de julho de 2010

Mudança



Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que
já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

Luís Vaz de Camões

domingo, 27 de junho de 2010


A vida é feita de decisões e escolhas, nem sempre tomamos o caminho certo, mas cabe a cada um de nós decidir pelo caminho que nos é mais viável.
Diante de uma encruzilhada, qual caminho escolher? A vida depende só do que queremos? Ou depende também das pessoas que nos cercam? Das pessoas que amamos? Devemos buscar só aquilo que parece ser o melhor para nós? Qual é a garantia de que iremos escolher o caminho certo? Não há garantias. Nem sempre temos todos estas respostas, mas precisamos estar ciente do caminho que escolhemos, ciente das conseqüências, das reações... Não sabemos aonde uma estrada vai nos levar, qual será o próximo caminho a seguir até o encontrarmos a nossa frente, e isso é uma das coisas mais importantes que precisamos para entender sobre as decisões de nossas vidas.
Talvez haja pelo caminho vendavais e tempestades, talvez dias ensolarados, caminhos apertados, íngremes, tortuosos, caminhos límpidos, mas todos nos fazem aprender, e não sabemos qual será o próximo acontecimento até dar o próximo passo, até vivermos.
Nada será um mar de rosas, mas chega um momento em que devemos aprender a voar com nossas próprias asas, chega o momento em que a o vento da liberdade sopra em nossos ouvidos e devemos ouvi-lo, talvez não seja a hora certa, o momento exato, mas não há como saberemos se a oportunidade não for aproveitada, se o momento não for vivido.
Este é o mundo dos adultos.
Bem vinda, baby. 
 
A criança que pensa em fadas e acredita nas fadas
Age como um deus doente, mas como um deus.
Porque embora afirme que existe o que não existe
Sabe como é que as cousas existem, que é existindo,
Sabe que existir existe e não se explica,
Sabe que não há razão nenhuma para nada existir,
Sabe que ser é estar em algum ponto
Só não sabe que o pensamento não é um ponto qualquer.
(Alberto Caeiro)




“eu preciso andar um caminho só,
vou buscar alguém que eu nem sei quem sou.” 
                                     (Los Hermanos)
 

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Como?

Eles não ligam para o que você diz.
Não ligam para o que você faz.
Não ligam para o que pensa.


Você obedece, pertence, padece,
em um mundo onde a verdade é um avesso
que nunca faz parte de você.


Você vive para o trabalho,
você vive para a família,
você vive para o dinheiro,
para a escola, 
para comer a namoradinha que você acha que 
te espera com prazer,
mas que no fundo não está nem aí para o que você acha, faz ou deixa de fazer.  


Você vive para o esperar que o sapo vire príncipe.
Para achar que palhaços são os mascarados.
 Para acreditar que o mundo não te consome.
Que o povo é ajudado. 
Que o governo e democrático.


Você vive para ver a pedofilia cristã.
Para ver o mundo ser destruído, construído, e reformado.
Você vive para o consumismo, o sensacionalismo, 
e todos os ismos capazes de mudarem sua mente,
de te manipularem.
Você vive tentando ser melhor,
não o melhor para você,
mas o melhor que você possa parecer.



Você vive para isto.
Você vive para aquilo.
Você não vive para nada.
Você vive para o mundo.
Você vive para tudo.
Você vive para todos.
Você não vive para nada.
Você não é ninguém.


E amanhã é terça-feira.


[vocês são vermes, pensam que são reis...]

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Que dia é hoje?

E hoje. Mais um dia se passa,
e que "interessante" hoje é o 'EARTH DAY'.
Um dia para as pessoas criarem consciência dos problemas ambientais.
Ah! Isso não deveria ser todos os dias?
Em nossas ações corriqueiras, que parecem inofensivas a nossos olhos a curto prazo?
Ah! Não!
Não iremos ver isto, será em um futuro muito distante.
Os desastres ambientais não estão acontecendo.
Não, não estamos vendo  terremotos, tsunamis, tornados, enchentes, deslizamentos, mortes em decorrência de tudo isso.
Ah! Sim! Os desastres naturais castigam as pessoas.
Sensacionalismo!
As pessoas não causam desastres.

Não, isso não está próximo a nós!
Não teremos filhos, netos nem bisnetos.
Talvez não mesmo! Afinal, de contas! Ah! Hoje é o 'Earth Day'.

Ah! Antes que eu me esqueça, hoje também é o 'DIA DO DESCOBRIMENTO DO BRAZIL"
E o DIA DO PALHAÇO qual é mesmo?
Esse com certeza é todos os dias!
Mesmo que a celebração seja apenas um dia do ano.
Nos fazem viver como tal, empurrando mentiras garganta abaixo,
as quais muitas vezes temos que engolir, e elas descem rasgando, remexem-se no estômogo.
Viram úlcera. Câncer.
A Cura?
Ah! A cura! Esqueci-me! Talvez não exista!
Há forças contra isso?
Há remédio? Vacina? Coquetel?
Abra seu boca, aja, lute, proteste, jogue seu lixo no lixo, busque conhecimento.
Seja consciente de seu voto, exija seus direitos cumpra seus deveres.
Não seja o que a humanidade está se tornando!
Não aceite o que lhe é imposto silenciosamente, sem contestar.
Lute contra a hipocrisia, o egoísmo, as mentiras...
Lute pela VIDA.
Uma vida de verdade.

"Como beber dessa bebida amarga?
Tragar a dor engolir a labuta?
Mesma calada a boca resta o peito
Silêncio na cidade não se escuta...

Quero lançar um grito desumano;
Que é uma maneira de ser escutado.
Esse silêncio todo me atordoa
Atordoado eu permaneço atento
Na arquibancada pra qualquer momento
Ver emergir o monstro da lagoa
"
[Cálice Chico Buarque/Gilberto Gil]  
http://http://ambiente.hsw.uol.com.br/desastres-ambientais-canal.htm
 http://letras.terra.com.br/chico-buarque/45121/

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Nunca mais.



Nunca mais vou gostar de você, nunca mais
Nunca mais, entre nós não dá mais, nada mais
Mas, se alguém perguntasse eu diria
Queria, queria
Muito mais, muito mais, muito mais, muito mais

Muito mais do que um sonho seria capaz
Muito mais do que já nos sacia e apraz
Mas depois de tamanha alegria
Eu sei que eu sofreria
Muito mais, muito mais, muito mais, muito mais 

Nunca mais vou pensar em você, nunca mais
Tanto faz um a mais entre tantos finais
Eu não vou semear fantasias e melancolia
Nunca mais, nunca mais, nunca mais, nunca mais 

Meu amor
Vou tentar deixar de lamentar saudade
De você pra sempre
Vou deixar de ter tristeza por não ter você.
 
Marisa Monte
Composição: João Donato, Marisa Monte, Arnaldo Antunes

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Lembrança. 1.

Hoje lembrei-me do meu primeiro beijo, quando faíscas pareciam sair dos meus olhos e lábios, meu coração acelerava, parecendo saltar, meu corpo tremia com medo de algo dar errado, mas por um instante o mundo parou...
E a atmosfera parecia ser composta somente por estrelas que brilhavam incansavelmente, flores que exalavam perfumes inexplicáveis.
E então, ouvi buzinas, e carros, e conversas e notei que estava em frente à escola, abraçada a minha primeira paixão, que o mundo ainda estava a girar e a vida prosseguia, que eu voltara a realidade..

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

O amor nos torna o que não esperávamos ser.

Tenho medo de que as coisas não mudem.
e não mudando por um certo período de tempo,
não permitam a mudança necessária.


"Não sou nada.
 Nunca serei nada.
 Não posso querer ser nada.
 À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo."
Álvaro de Campos

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Seja como for

Errar pode ser certo em algum momento?

Como podemos persistir em algo sabendo que a moral vai de encontro ao equívoco?

Me disseram que quando algo envolve amor, que fazemos porque queremos, porque gostamos e nos sentimos bem, não está totalmente errado.

Como parar sabendo que o desejo e a vontade de continuar são cada vez mais verdadeiros?
Como continuar sabendo que os sentidos estão sendo confundidos e manipulados por sentimentos mais fortes do que aquilo que se tem controle?
Como parar sabendo que essa é a realidade que se quer viver?
Como continuar sabendo que não se pode ter aquilo que não nos pertence?
Como parar sabendo que o fim só trará sofrimento?
Como continuar sabendo que querer não é poder?
Como parar quando só se quer mais?
Como continuar sabendo que tudo pode ser um sonho?

Já vi tantas noites, tantas estrelas...
E ainda não sei ao certo, se assim como a luz vem após a escuridão,
o alívio vem após o sofrimento.
o amor após a dor.
a realidade após a fantasia.
a vida após a morte.

Talvez um dia haja a certeza disto,
[ou não.]
Mas enquanto esse dia não chegar,
viver entre a luz e a escuridão,
entre a dor e o amor,
entre a realidade e a utopia,
entre erros e acertos,
pode ser certo,
pode ser a linha tênue da vida.

Quem sabe um dia tudo saia da irrepreensível órbita...
Quem sabe um dia eu voe,
e você voe ao meu lado,
transformando o errado em certo, o certo em errado.


Já quis demais, além do que eu poderia ter.

Algumas circunstâncias acabam causando perturbação e confusão dos pensamentos...
Portanto, mantenha-se na imutável tendência das mudanças.

Dá para devolveram minha razão!?
Tenho certeza que não a perdi,
só podem ter levado-a de mim.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

O tempo passa com os anos, 
e com ele alguns danos
e tantos desenganos.