segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

O que?

De nada adianta a seriedade em um mundo que tentam nos fazer de palhaços!


Alexandra Xavier

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Eu...



Sou complicada, confusa, insegura, frágil, as vezes irritante e insensível, difícil de se aturar, talvez até valha a pena.
Alguns diriam que sou muito séria e brava... Outros me acham uma tremenda palhaça.
Às vezes de meios termos...Às vezes de extremos...
Não sei mentir... (Isso não quer dizer que eu não minta, mas não gosto, nem me sinto bem ao fazê-lo)
Emburro quando não estou satisfeita, sou muito ciumenta, gosto de dançar (mas não danço nada bem) e de comer chocolate. Amo doces. Tenho medo de engordar.
Desanimo facilmente quando não vejo resultados, tento mudar isso.
Vejo as crianças e a educação como o sonho de um futuro melhor.
Canto pra ficar feliz e finjo estar pra não entristecer quem está perto [nem sempre consigo disfarçar].
Gosto de ser paparicada, sou muito orgulhosa , tenho reações imprevisíveis, sou chorona.
Tenho receio da solidão, porém me sinto bem quando estou só.
Medo de rejeição, mas nada que o tempo ou nos faça esquecer ou aumente mais a agonia.
Tenho pavor de envelhecer e uma dor na cabeça que às vezes é insuportavel.
Não sei perder!!!! - mas disfarço legal.
Perfeccionista até demais.
Adoro desenhar, escrever, ler o ouvir músicas.
Não gosto de muito de carne, nem de cebola, mas como assim mesmo.
Gosto de estar no comando.
Às vezes imprevisível.
Magoei pessoas que mereceram.
(mas ainda assim me arrependo).
Amei pessoas que não mereciam.
(mas ainda assim não me arrependo).
Não sei contar piada, mas gosto de fazer as pessoas rirem.
Sou cheia de desejos, objetivos e sonhos.
Luto, choro, brinco, brigo e rio
...
Sou correta, careta e travessa..

Sou simplesmente, eu mesma...
Quando gosto de uma música ouço até os ouvidos não aguentarem mais.
Sou exagerada!!!
Desastrada!

Não gosto de visitar doentes.
Não vou a velórios.
Acho que já fui usada, já usei, já fiz chorar, já chorei.
Às vezes sou cruel, falo pra machucar de propósito.
Às vezes sou má.
Às vezes chego a ser péssima.
Às vezes sou legal.
Tão legal que chego a ser besta.
Prefiro falar a verdade mesmo que magoe.
Rio do nada, rio sozinha...
Estou sempre rindo de tudo mesmo que não tenha graça. O sorriso estará lá.
Sabe que eu gosto desses três pontinhos... Reticências... Parece que continua...
Odeio pontos finais.
Pontos finais são chatos.
Dão uma idéia de que chegou ao fim...
Porém as reticências são complicadas...
Justo por darem uma idéia de continuação...
Eu? Sou desconfiada, mas acabo sempre acreditando nos outros.
Não consigo não perdoar.
Por pior que tenha sido o acontecido.
Nunca usei drogas, ilícitas... Mas sou viciada em tanta coisa.
Jogo truco, (na sala de aula, campeonato familiar, com os amigos).
Não sei dizer "NÃO", mas estou tentando aprender...
Fora tudo isso, uma pessoa carismática, cômica, e... Dramática!
Por vezes carente, outras estúpida...
Às vezes apática, na maioria simpática, empática também. Sempre modesta!
Nem sempre de bem com a vida..

Paradoxal? Na maioria das vezes...

Alexandra Xavier

Sei...???


Sei que as vezes sou irritante , um tanto insensível, insegura, um pouco estúpida com as pessoas ao meu lado e, me arrependo disto, sempre.

Sei que não sou a pessoa que todos queriam que eu fosse, mas sei que sempre estarei disposta a ajudar quem quer que seja, até onde e como eu puder, mas nem sempre do jeito que essa pessoa espera que seja, pois todos cometemos falhas, ninguém é perfeito mesmo!

Sei que sou um tanto complicada...

Aos olhos dos outros...

Mas me entendo... Em "alguns momentos" perfeitamente.

Sei que nem sempre estou de bom humor, de bem com a vida ou certa em todos os momentos, porque isto nem existe mesmo; pois um problema pode ter várias soluções e, a minha pode não ser a melhor , mas (na minha opinião) espero que seja a mais conveniente naquele momento...

Sei, como todos sabem, que não somos perfeitos, cometemos erros, mas os cometo sempre em função de acertar...

Sei que quando meu coração esstiver em pedaços nada poderá repará-lo senão o tempo, mas os estragos, as cicatrizes serão eternas...

Alexandra Xavier

Que sentimento é esse??

Não sei o que é isto que estou sentindo...
Talvez ódio, medo, raiva, repugnância dos meus sentimentos, da minha vida monótona, incerta, insegura.
Cansei de ser realista e ser obrigada a esquecer toda a pureza, a candura, que habita em mim para seguir as ordens, as regras... Que os 'adultos' teimam em impor para que a vida seja vivida da forma que acham ser a mais conveniente.
Cansei de ser acanhada e esconder quem eu sou, o que estou sentindoe o que estou pensando, quando estou tão angustiada, com raiva, triste, apaixonada ou seja lá o que for só para não magoar alguém ou demonstrar o que realmente sou e estou vivendo!
Cansei de fazer as coisas certas e mesmo assim me sentir solitária, abandonada.
É, cansei me sentir sozinha, mas às vezes estar sozinha é a melhor solução, principalmente quando se percebe o caráter das pessoas que estão ao seu lado.

Cansei de me esconder para não magoar ninguém.
Cansei de não ter coragem para mudar as coisas.
Cansei de me preocupar com coisas insignificantes e não dar uma trégua para meu pensamento.
Cansei de não esquecer es coisas.
Cansei de sofrer em silêncio.
Cansei das injustiças que existentes no mundo.
Cansei de não poder confiar nos outros.
Cansei das mentiras que as pessoas dizem por pensarem somente em seu próprio bem.
Cansei do modo como o ser humano é, tão egocêntrico, egoísta não vendo os sentimentos do próximo.

Cansei do modo como gosto e desgosto tão facilmente das coisas e pessoas.
Cansei de ver que não dão valor pra mim e me tratam como um objeto, eu tenho sentimentos, tenho uma vida! Sou frágil, sensível, por mais que não pareça!
Também cansei de nunca fazer nada para mudar nada disso.
Cansei de me sentir assim, de sentir sentimentos assim... De ver como o mundo está, como as pessoas estão... Cansei de não conseguir mudar rigorosamente tudo isso, por isso durmo todas as noites com vontade de mudar o mundo e levanto todas as manhãs com o intuito de fazer algo para mudá-lo.

Alexandra Xavier

O Que É, O Que É?

Eu fico
Com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Viver!
E não ter a vergonha
De ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser
Um eterno aprendiz...

Ah meu Deus!
Eu sei, eu sei
Que a vida devia ser
Bem melhor e será
Mas isso não impede
Que eu repita
É bonita, é bonita
E é bonita...

E a vida!
E a vida o que é?
Diga lá, meu irmão
Ela é a batida
De um coração
Ela é uma doce ilusão
Hê! Hô!...

E a vida
Ela é maravilha
Ou é sofrimento?
Ela é alegria
Ou lamento?
O que é? O que é?
Meu irmão...

Há quem fale
Que a vida da gente
É um nada no mundo
É uma gota, é um tempo
Que nem dá um segundo...

Há quem fale
Que é um divino
Mistério profundo
É o sopro do criador
Numa atitude repleta de amor...

Você diz que é luxo e prazer
Ele diz que a vida é viver
Ela diz que melhor é morrer
Pois amada não é
E o verbo é sofrer...

Eu só sei que confio na moça
E na moça eu ponho a força da fé
Somos nós que fazemos a vida
Como der, ou puder, ou quiser...

Sempre desejada
Por mais que esteja errada
Ninguém quer a morte
Só saúde e sorte...

E a pergunta roda
E a cabeça agita
Eu fico com a pureza
Da resposta das crianças
É a vida, é bonita
E é bonita...

Gonzaguinha

Composição: Gonzaguinha

Quase sem querer

Tenho andado distraído
Impaciente e indeciso
E ainda estou confuso
Só que agora é diferente
Estou tão tranqüilo
E tão contente...

Quantas chances desperdicei
Quando o que eu mais queria
Era provar pra todo o mundo
Que eu não precisava
Provar nada pra ninguém

Me fiz em mil pedaços
Pra você juntar
E queria sempre achar
Explicação pro que eu sentia
Como um anjo caído
Fiz questão de esquecer
Que mentir pra si mesmo
É sempre a pior mentira

Mas não sou mais
Tão criança, oh! oh!
A ponto de saber tudo...

Já não me preocupo
Se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu vejo
O mesmo que você...

Tão correto e tão bonito
O infinito é realmente
Um dos deuses mais lindos
Sei que às vezes uso
Palavras repetidas
Mas quais são as palavras
Que nunca são ditas?

Me disseram que você
Estava chorando
E foi então que eu percebi
Como lhe quero tanto...

Já não me preocupo
Se eu não sei por que
Às vezes o que eu vejo
Quase ninguém vê

E eu sei que você sabe
Quase sem querer
Que eu quero
O mesmo que você...

Legião Urbana

Composição: Dado Villa-Lobos / Renato Russo / Renato Rocha

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009


Observo a multidão a minha volta, mas na verdade não vejo ninguém. Não sinto a presença de alguém.
Talvez tenha eu minguado dentro da minha própria existência.
Caminho pelo chão enquanto meus pensamentos vagam pelo infinito, onde talvez eu nem possa dominá-los. Perco então o controle sobre minha mente.
Meu coração transforma-se em cristal e meu corpo enrijece como pedra.
Temo que trinquem o cristal e faço da matéria uma arma, arma esta que se comprime e fere aqueles que me cercam.
Em minhas próprias mágoas afogo-me, aos poucos num silêncio abafado, com um inútil e pálido pedido de socorro e ao mesmo tempo me afasto, não permitindo ajuda.
Temo olhar o sol e seu brilho refletir em meus olhos todo o sentimento que habita em meu interior. Tenho medo de sofrer. E sofro mais ainda por esse motivo. Quero parecer forte, porém só demonstro minhas fraquezas... Fraquezas que teimam estarem presentes mesmo que contra a minha vontade...
Quero poder confiar nas pessoas, mas isto parece que a cada dia torna-se mais impossível, talvez seja isto um dos motivos da minha intensa e presente solidão, talvez o egoísmo, a falta de empatia do homem sejam o que fazem isso acontecer, talvez não haja mais confiança a se demonstrar, talvez cada um esteja pensando apenas em si mesmo e assim esquecendo da multidão ao seu redor, esquecendo do que compõem o mundo... As pessoas esquecem-se de contemplar o céu, de olhar para uma criança, de amar e apreciar os detalhes do dia, de perceberem a perfeição da natureza, por quê? Porque o individualismo está cada vez mais evidente, a busca da simplificação pela complexidade.
Talvez eu, com toda essa apatia ao universo seja somente uma miragem, algo que passará logo...
Alguém tentando ser diferente em mundo que só me faz ser ‘mais um’.

Alexandra Xavier