quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Jogue pro alto, se voltar é seu"

Como é bom desabafar, parece que hoje me sinto bem melhor, um peso tirado das costas...
Sei que sou repleta de 'fases', nem eu achei que fosse sentir esse alívio imediato, mas já não me sinto como ontem... Essa nossa insistência em pré-determinar as coisas só nos causam decepções, o que é culpa, única, e exclusivamente nossa, ninguém está no mundo para satisfazer nossas expectativas...
Desta vez, ter entendido isso antes, teria sido menos doloroso.




"Então, que seja doce. Repito todas as manhãs, ao abrir as janelas para deixar entrar o sol ou o cinza dos dias, bem assim: que seja doce. Quando há sol, e esse sol bate na minha cara amassada do sono ou da insônia, contemplando as partículas de poeira soltas no ar, feito um pequeno universo, repito sete vezes para dar sorte: que seja doce que seja doce que seja doce e assim por diante..." [Caio Fernando Abreu]

terça-feira, 30 de agosto de 2011

submarine.

Não sei de onde vem essa coisa que me sufoca, me entala, me engasga, me causa dor.
Quanto mais eu falo mais lembranças surgem, mais dúvidas, mais e mais e mais...
Mais tudo, mais raiva, mais dor, mais memórias, mais sentimentos, mais vontade de esquecer...
Por que a gente simplesmente não esquece aquilo que não quer lembrar?
Por que justamente aquilo que não queremos lembrar é o que mais nos causa dor? Por quê?
Só queria acordar e lembrar menos, pensar menos, querer menos... Só isso.
É pedir muito de mim?
Será que não posso ter controle nem sobre meu querer? Que liberdade é essa que tenho? Onde não consigo sequer controlar meus sentimentos... Onde sou escrava de mim mesma. Onde me perco tanto que sequer me encontro...
Sim, que mundo é esse? Não, realmente não sei!
O mundo tem sido amargo, cinzento, sombrio, por mais que eu tente não tem sido diferente.
Me encontrar? Sempre que penso ter me encontrado me perco mais ainda, que coisa não?
Deve muito estúpida mesmo, fazendo as mesmas coisas, cometendo os mesmos erros, sofrendo pelas mesmas histórias e no fim achando que seria diferente... e no fim percebendo que era sempre a mesma 'estória'. E para que? Para descobrir o que eu supostamente já sabia?
Que... 'Todas as ações são autodirigidas, todo serviço é auto-serviço, todo amor é amor-próprio.'
Descobrir que ninguém faz nada por a não ser por si mesmo? E mais ter certeza do egoísmo presente nas pessoas?



sem brilho, sem cor, sem vida.

'We all live in a yellow submarine...
Yellow submarine, yellow submarine'

segunda-feira, 29 de agosto de 2011


"- Quer dizer - perguntou Breuer - que cada ação que realizo, cada dor que experimento serão experimentadas por toda a infinidade?
- Sim, o eterno retorno significa que, cada vez que você escolhe uma ação, deve estar disposto a escolhê-la por toda a eternidade. O mesmo se dá com cada ação não realizada, cada pensamento natimorto, cada escolha evitada. Toda a vida não vivida ficará latejando dentro de você, invivida por toda a eternidade. A voz ignorada de sua consciência continuará clamando para sempre.


Não sei o que mais dizer, exceto que, graças a você, percebo que a chave para viver bem é primeiro desejar aquilo que é necessário e, depois, amar aquilo que é desejado."

Quando Nietzsche chorou

domingo, 21 de agosto de 2011

true.


"Ninguém deseja, acredita ele, ajudar os outros; pelo contrário, as pessoas desejam apenas dominar e aumentar seu próprio poder. Nas poucas vezes em que submeteu seu poder a outrem, acabou se sentindo devastado e enraivecido."

Quando Nietzsche chorou

domingo, 7 de agosto de 2011

Perder

Odeio perder.
Perder qualquer coisa.
Sentimentos, pessoas,
amores, caminhos,
jogos, palavras,
objetos, frases,
apostas...
Qualquer coisa.
Simplesmente não gosto de perder.
Inclusive.
Odiei perder você.
Você deveria ter me perdido,
e não eu perder você, que parecia tão meu.
Mas você perderia o que?
O que nunca foi seu?