sábado, 25 de outubro de 2008

Rápido e Rasteiro




"Vai ter uma festa
que eu vou dançar
até o sapato pedir pra parar
Aí eu paro
tiro o sapato
e danço o resto da vida".

Chacal
[1972]
In Repertório Selvagem. Rio: Multimais Edidorial, 1998

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

A Via Láctea... Legião Urabana


Quando tudo está perdido sempre existe um caminho...
Quando tudo está perdido sempre existe uma luz...
Mas não me diga isso...
Hoje a tristeza não é passageira
Hoje fiquei com febre a tarde inteira
E quando chegar a noite cada estrela parecerá uma lágrima...
Queria ser como os outros e rir das desgraças da vida
Ou fingir estar sempre bem
Ver a leveza das coisas com humor...
Mas não me diga isso...
É só hoje e isso passa só me deixe aqui quieto... Isso passa...
Amanhã é um outro dia não é?...
Eu nem sei porque me sinto assim...
Vem de repente um anjo triste perto de mim...
E essa febre que não passa
E meu sorriso sem graça
Não me dê atenção
Mas obrigado por pensar em mim...
Quando tudo está perdido sempre existe uma luz...
Quando tudo está perdido sempre existe um caminho...
Quando tudo está perdido eu me sinto tão sozinho...
Quando tudo está perdido não quero mais ser quem eu sou...
Mas não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim...
Não me diga isso
Não me dê atenção
E obrigado por pensar em mim...

Composição: Dado Villa-Lobos/ Renato Russo/ Marcelo Bonfá

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Vida!?!?!?!?!

Sabe às vezes fico aqui perdida em um insignificante e minúsculo mundinho vagando em pensamentos que se quer são meus (mas que possessividade!), imaginando coisas indecifráveis? Talvez!? Qual o real significado dessa coisa a qual deram o nome vida, esse espaço de tempo entre fazer parte de uma quimera visível e de repente não mais fazer. Será que realmente tem um significado? Ou simplesmente vivemos por viver? E esse tempo que vivemos por que é tão pouco assim? Será realmente pouco mesmo ou queremos sempre além? Tempo? Por que nunca o aceitamos? Curto demais, longo demais ou será mera insatisfação de mortais que vivem incognitamente? Vêem o tempo ai de novo? Pairando com autoridade sobre o que existe e é palpável ou não. E por que vivemos? Por que vivemos na companhia de algumas pessoas e não de outras? Por que aprendemos a amar essas pessoas a entendê-las, a aceitá-las assim como são, não que não queiramos mudá-las porque sempre queremos mudar algo, mas mesmo assim elas pertencem a nossas vidas, fazem parte dela, muitas vezes não nos vemos sem essas pessoas e....................... Paaaaah!!! Vem aquele choque que nos deixa pasmos, sem saber ou entender o porquê ou se um realmente tem por que, e a pessoa e levada de nossas vidas como se não fizesse mais sentido ela estar aqui em nossa realidade sensível, como se não tivesse mais importância para ninguém, que força maior é essa que leva do nosso mundo as pessoas que, “amamos”.? E agora? O que fazer? Chorar? Rebelar- se? Destruir o mundo? A nossa vida? Que vida? Se quem fazia parte dela foi arrancado brutalmente dela? Como viver agora? E essas pessoas que partem da nossa realidade tangível, da nossa concepção de vida, o que realmente acontece com elas? Outra vida? Talvez! Pairar por ai? Ou será que pairamos nós? Quem sabe meramente esvaecer da utopia em que vivemos? Perguntas intrigantes essas, que teimam em eclodir em meus pensamentos sem que eu queira que a eles elas pertençam, questões que para a infelicidade de muitos ou quem sabe de todos fazem parte desta coisa denominada vida, e mesmo depois disto não consigo entender o significado de nada, viver para simplesmente, morrer! E como viver depois de cogitar sobre isto? Plenamente? Intensamente? E o que é viver intensamente? Será realmente viver aproveitando cada momento como se fosse o último, que concepção bizarra, viver pensando na morte, ou será alcançar a felicidade, realizar sonhos... Acho que cada um tem sua concepção de “viver” intensamente. Cada um? E o que é cada um? Se nem ao menos temos realmente o controle de nossas vidas, se em um segundo estamos aqui, mas de repente, podemos não estar? Que vida é essa que é nossa, mas que de repente não é? Que pode ser tirada por qualquer um que simplesmente “não queira mais que você faça parte da sua realidade visível”, cada um é dono da vida de sua vida e “simplesmente” da vida de todos, que na realidade não é realmente de ninguém, que paradoxo constante. Somos apenas impulsionados, controlados por uma força maior? Força maior será essa mesma a denominação correta para isto? Talvez sim, por não conhecer do que realmente se trata. Será Deus? Quem sabe? Quem tem fé? Fé? Essa plena certeza que dispensa provas, será que as pessoas realmente se agarraram a ela por desconhecer o real significado, as respostas para essas gritantes perguntas, a real verdade? Quiçá! Volto a Deus novamente como a mais provável resposta para a maioria do mundo, se é Deus por que julga a seu tempo, por saber o que se passa em nosso interior, (vê ai porque não somos donos de nossos pensamentos?), por que julga Deus ser a hora certa de retirar as pessoas de nossas vidas? Por que as leva sem ao menos nos dar “tempo”? Ou será que nos dá e não o aproveitamos? Ou somos tão egoístas e queremos sempre mais, mais e mais. Nunca nos contentando com o que nos é dado. E muitas vezes desperdiçando, talvez por isso, por não saber do que se trata, mas será que se soubéssemos o valorizaríamos? Será que somos donos do “período” que nos é dado e fazemos o que queremos? Então estamos aqui por quê? Para ensinar? Para aprender? Para os outros? Por nós? Por Deus? Ou para morrer? E depois desta concepção de realidade para onde vamos? Levamos algo daqui? Tenho medo de tudo, de tudo isso, do além-mundo visível, perceptível, sempre tenho medo do desconhecido, temo-o, mas por quê? Por simplesmente não saber o que pode acontecer...

Alexandra Xavier